quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Nada é o que parece...


Engraçado como costumamos definir conceitos para "par perfeito" quando somos solteiros. Criamos o esteriótipo de alguém ideal em nossas mentes e nos baseamos nele sempre nele ao tentar engatar algum tipo de relacionamento com o sexo oposto – ou até mesmo com o mesmo sexo, se esse for o seu caso.

Eu por exemplo, em pleno meus quinze anos, no auge da adolescência e dos hormônios em plena ebulição, considerava um homem perfeito aquele que fosse fisicamente gostoso, lindo, alto, e um apetite sexual fodástico, tal qual o Brad Pitt. Perdi as contas de quantas vezes assisti seus filmes sonhando ser a mocinha da estória.

Certo dia, descobri que as coisas não são bem assim.
Alguns meses e vários encontros frustrados depois, notei que essa merda de alma-gêmea devia ser mesmo criação de alguma solteirona frustrada que nunca conseguiu ter um orgasmo na vida. Sempre que achava algum homem promissor, ele nunca tinha aquelas características principais que eu buscava em um homem. Ou era fútil, mesquinho,ciumento demais, incompreensivo com os horários de trabalho e faculdade, queria uma relação mais aberta... Enfim, nada que eu tinha pensado previamente. Foi assim, depois de tanto procurar e nunca achar que decidi ser menos exigente comigo mesma e aceitar que talvez eu não tivesse alguém esperando por mim em algum lugar e que amor verdadeiro como o de Brad Pitt e Angelina Jolie talvez fosse mais fácil de ser encontrado algumas décadas atrás, quando estrutura familiares eram mais valorizadas e que fossem baseada no amor.

Brega, eu sei.

No entanto, como a porra do ditado diz, quem rir por último rir melhor. Eu vou fechar minha boca e esperar para ver o que 2012 trás para mim!

Feliz Natal e Próspero ano novo para pessoas que assim como eu, ainda estão trás da porra da alma-gêmea!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011



A palavra de hoje é contentamento.
Não é que eu não seja feliz pelo que tenho, pelo ao contrário, agradeço todos os dias. Mas sou humana, e como tal, nunca estou contentada apenas com isso. Não falo de dinheiro, ou coisas materiais; falo de coisas que poucos podem ter e manter. Não contento-me com meias palavras, ou meias horas. Eu sempre, sempre quero o extremo de tudo, quero ter por completo, principalmente aquilo que não posso, pois eu sei, que o que é impossível é que tem mais gosto.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. não sei sentir em doses homeopáticas. preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja. não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. não sei brincar e ser café com leite. só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia. quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre quando eu digo convicto que “nada é para sempre”.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


Oi?!

O personagem de hoje é um brincante. Alguém que usa tantos as pessoas que as acha um tanto... maçantes. Leia-se bem, maçantes! Talvez tudo o que elas viram, sentiram ou viverem não é o ele deseja. Seria uma forma de fugir da realidade querer o que não se pode existir? Apenas o deixaria infringido se ele não mantivesse nesse mundo onde temos de ter os pés no chão. De certa forma, nem essas palavras fazem sentido a ele.

...

Olhando as crianças no parque pode-se dizer que elas sim são felizes e completas. Mesmo que um brinquedo do parque esteja quebrado e ali, parado no chão. O nosso personagem, ainda pequeno –se assim fosse-, poderia chegar e fazer daquele pedaço de lixo um novo instrumento infantil. E se ele virasse um cavalo? Ou uma moto? Ele poderia correr e correr, para onde as pessoas deixariam de ser um saco e ele pudesse viver algo novo, sentir o sabor do novo e viver o novo.

...

Depois, a noite, ele sentaria em baixo de uma árvore ignorando o frio, com um lápis e um papel e escreveria sobre as aventuras em um mundo encantado. Onde ninguém conta mentiras, e todos sorriem sem nem mesmo ter motivo. Mas isso é impossível não?

...

De madrugada, ele dormiria lá mesmo, pela grama observando as estrelas e o ápice lunar antes de pegar em um delicioso sono, daqueles em que a gente vaga divertido entre outros mundo e acha que é verdade.

...

Essas palavras meus amigos, chamam-se desejos. Desejo de que o nosso personagem vá para um outro mundo, onde comer bolo de chocolate e tomar banho no rio cristalino não é impossível. E quem sabe, se ele encontrar Peter pan na terra do nunca, ou provar do doce veneno dos apaixonados de Romeu e Julieta ele não corra de volta para o mundo real com um mapa nas mãos e me leva com ele?

...

Enquanto isso não acontece ele continua brincando com as pessoas, porque elas são maçantes!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Carta de Amor...

Minha doce L,

eu não sei por que eu estou escrevendo esta carta. Talvez eu tenha medo de que no momento em que eu tentar descrever o quanto eu te amo, ou até mesmo que eu tente dizer isso em voz alta, eu dê para trás e acabe paralisando. Eu sempre fui hábil em esconder os meus pensamentos.

Eu mudei. Ninguém pode negar isto. Até mesmo meu melhor amigo comentou como eu pareço mais contente. Eu tenho me empenhado mais. Estou mais sociável, leve, sarcástico e vivendo como alguém jovem, e não mais fingindo como anteriormente. E eu devo tudo a você.

Eu tentei arduamente me lembrar de como era a minha vida antes de você, mas eu só conseguia ver um imenso branco a minha frente. Era uma existência desolada, repleta de nada mais do que aflição e tristeza. Eu me sentia culpado por tudo o que havia acontecido e deixei isso me dominar, consumir a minha vida até o ponto em que eu me tornei impotente para reverter. Eu praticamente não queria parar, afinal era a única coisa constante em minha vida. Se não fosse aquela culpa, com o que eu iria viver diariamente? Eu não saberia o que fazer.

E então você chegou, chocando-se com a minha vida como um caminhão desgovernado. Foi a primeira vez que não consegui tirar uma mulher da cabeça e não importa o quão duro eu tenha tentado, eu simplesmente não queria tirar. Eu tinha algum outro motivo pelo qual viver; algo para substituir a culpa que tinha se tornado uma parte de mim. Eu não a mereço e eu entendo isto completamente. Mas pela primeira vez em minha vida, eu não vou desperdiçar esta oportunidade. Por muito tempo eu apenas via as coisas passando pelos meus olhos e as repelia, sem me dar conta das inúmeras chances perdidas.

Mas agora eu sei que eu não mudaria por qualquer coisa. Se eu tivesse seguido outro caminho, minha vida poderia ter mudado drasticamente. Este caminho me conduziu a você.

Eu te amo, L. Mais do que qualquer outra coisa no mundo. Minha única esperança é que você me ama de volta, mas eu já estou feliz com a idéia de que você é minha e de mais ninguém. Eu preciso de você, como do ar que eu respiro e, por favor, diga que você me ajudará a respirar.

Sempre seu,
D.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Procura-se um amor.


Alguém que não vai importar-se do meu cabelo bagunçado no começo do dia.

Alguém que saiba conversar e não se dê por vencido na primeira topada.

Alguém que coma sorvete dividido na mesma colher que eu, em um dia frio.

Alguém que mesmo com minha cara de cólica, diga que estou linda.

Alguém que não vai preocupar-se onde eu estou e com quem eu estou, porque ele estará junto.

Alguém que não me rebaixará por seguir meu sonho infantil.

Alguém que cantará comigo as músicas estranhas que ouço.

Alguém que não se importará de fazer coisas diferentes em dias diferentes.

Alguém que não ria de mim quando eu responder boa noite para a TV.

Alguém que igual a mim, prefere filmes de terror à romance.

Alguém que não precisa ouvir “amo você” todos os momentos para saber que é amado, mas sim, identificar no olhar esse amor.

Alguém que saiba jogar videogame e seja viciado em seriado e animês.

Alguém que não tente mudar-me, mas que tente moldar-se as situações.

Alguém que entenda a minha insanidade, e minhas lágrimas. Bem como o meu silêncio.

Alguém que goste de caminhar comigo... Só caminhar sem destino algum, e depois voltar para casa com o maior sorriso do mundo.

Alguém que goste de ler livros.

Alguém que detesta cachorro... Mas ame gatos.

Alguém que não se importe com o que tem, mas sim quem ele tem.

Alguém me trate de igual para igual.

Se esse alguém existir, estou aqui. Envie uma mensagem, ligue ou qualquer sinal. Pois aqui há alguém que não quer ficar apenas com alguém, quer uma pessoa em especial.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Tentação

Tentação (segundo o dicionário)
s.f. Atração por coisa proibida.
Movimento íntimo que incita ao mal: resistir à tentação.
Desejo veemente.

Tentação... Carregamos desde o tempo de Adão e Eva, e a resistimos como se não houvesse coisa pior. O fato é que, quando mais você resiste, mais forte essa tentação se torna. Como em um círculo vicioso. Mas e se esse círculo for quebrado?
Será que algo tão proibido pode ser taaaaaaaão ruidosamente bom? Algo que você deseja mais que nunca, e ao mesmo tenpo deseja que ele não exista? Ai, ai. Tantas, e tantas são as perguntas que é bem mais fácil resistir a essa maldita da tentação. Ou não. Mais voltando ao início do texto, Se Eva não tivesse resistido à tentação teria sido tudo muito diferente. Esse é meu ponto: Será que se nos entregarmos o resultado sempre será ruim? Mesmo depois de ter medido todos os prós e contras da situação? Ou até mesmo agindo por impulso? Imagina, se Eva não tivesse provado do fruto proibido, como estaríamos agora? Será que ao menos ESTARÍAMOS, de fato?
De qualquer maneira. Acredito que o atalho disso tudo, é mesmo entregar-se a esse mal que nos faz bem, mesmo que temporário. Porém voltamos ao círculo novamente, você se entrega e vira um prazer ao qual não quer largar e a tentação continua.
Por fim, deixo aqui apenas os círculos e círculos da tentação. Pois eu já me entreguei a ela, já a resisti e vou me entregar de novo.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Viver despenteada

Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie,

por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade...

O mundo é louco, definitivamente louco...

O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro.

O sol que ilumina o teu rosto enruga.

E o que é realmente bom dessa vida, despenteia...

- Fazer amor, despenteia.

- Rir às gargalhadas, despenteia.

- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.

- Tirar a roupa, despenteia.

- Beijar à pessoa amada, despenteia.

- Brincar, despenteia.

- Cantar até ficar sem ar, despenteia.

- Dançar até duvidar se foi boa idéia colocar aqueles saltos

gigantes essa noite, deixa seu cabelo irreconhecível...

Então, como sempre, cada vez que nos vejamos

eu vou estar com o cabelo bagunçado...

mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida.

É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir

no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir.

Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável,toda arrumada

por dentro e por fora.

O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:

Arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, emagreça,

coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique séria...

e talvez deveria seguir as instruções, mas quando vão me dar a ordem de ser feliz?

Por acaso não se dão conta que para ficar bonita eu tenho que me sentir bonita...

A pessoa mais bonita que posso ser!

O único, o que realmente importa é que ao me olhar no espelho,

veja a mulher que devo ser.

Por isso, minha recomendação a todas as mulheres:

Entregue-se, Coma coisas gostosas, Beije, Abrace, dance, apaixone-se, relaxe, viaje, pule, durma tarde, acorde cedo, Corra, Voe, Cante, arrume-se para ficar linda, arrume-se para ficar confortável!

Admire a paisagem, aproveite,

e acima de tudo, deixa a vida te despentear!

O pior que pode acontecer é que, rindo frente ao espelho,

você precise se pentear de novo...



Autor desconhecido.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Apenas um conto...

3

Sophia havia tabelado com organização, tudo o que lhe ocorria em três níveis:

1. As pessoas preferiam afundar mágoas em álcool a superar perdas emocionais.

2. Quando bêbadas, as pessoas tinham lances com completos estranhos, semi-estranhos, pseudo-estranhos e não-estranhos.

3. Ressaca era uma vadia.

Era uma festa universitária como qualquer outra. Ou seja, álcool era o fator de relevância e a única preocupação de metade da população. A outra se dedicava a pegar alguém.

Quando a garota de cabelos castanhos avermelhados fez o seu caminho por entre duas estudantes de psicologia, pôde ouvir pequenos e sarcásticos comentários. O problema com festas grandes, que envolviam diversos cursos, é que a probabilidade de pessoas com uma noção social aparecer aumentava em 82%. Sim, o pessoal de Humanas havia calculado e a garota estava confiante na análise.

Virou um copo de cerveja enquanto buscava suas amigas, que dançavam em algum lugar, seus olhos passando por entre as pessoas ridiculamente bêbadas. Sem querer, seus orbes se encontraram com um rapaz ao fundo.

Hu, olhos claros, pele clara. O corpo dava para o gasto e... hu.

Será que...?

Que se dane! Ela estava oficialmente solteira há 13 horas e meia e estava disposta a aproveitar isso.

O que haviam se esquecido de explicar era, entretanto, o que a perturbava:

1. Toda idéia parecia incrível e sensata quando se estava bêbada.

2. Vingança era uma dessas idéias.

3. Ela poderia ser uma daquelas pessoas – uma dessas que tinham lances.

Então, naquele dia, quando ela acordou com a cabeça latejando, completamente nua exceto por um pingente que ela insistia em usar, ao lado de uma pessoa que ela havia visto em alguma de suas aulas na universidade, as coisas esquecidas parecerem particularmente importantes.

A claridade fazia o fundo dos seus olhos doerem como se ela estivesse a altas profundidades, mas isso não a impediu de observar o apartamento onde se encontrava. Os dois estavam apertados em uma cama de solteiro, as roupas jaziam sobre o chão em uma quantidade maior do que eles haviam usado na noite anterior, não havia decoração e tinha um odor que não era, de todo, agradável.

Obviamente, não era o seu.

O fato de que ela havia dormido com um semi-estranho, levemente emo, absurdamente pálido, não a havia aterrorizado de imediato por três motivos:

1. Ela havia acordado antes e, portanto, fugir havia sido uma opção.

2. Ele provavelmente estava tão bêbado quanto ela.

3. Pelo que ela se lembrava do que tinha acontecido, a noite havia sido boa.

Ergueu-se lentamente e desfez-se do agarre dos braços masculinos, pôs as roupas e, depois de um copo de água, desapareceu atrás da porta. Os efeitos da noite descuidada só vieram à sua mente quando, três dias depois, algumas peças caíram lado a lado.

1. Ela o viu na universidade.

2. Alice perguntou se ela não tinha um absorvente para emprestar.

3. As memórias, mais coordenadas, daquela noite apontaram para a ausência de um preservativo.

Ela deveria ter feito o teste. Sabia. Mas também sabia que eles não eram confiáveis, principalmente no início de uma gravidez. Ao invés disso, preferiu esperar três semanas para ter certeza de que o seu ciclo não viria. Então, contentou-se com fazer os testes para DST. Melhor prevenir do que remediar. Quase sentiu orgulho do menino quando todos os resultados vieram negativos.

Aquelas foram as três semanas mais longas de toda sua vida.

Quando seu período veio (finalmente), ela mal podia acreditar que estava agradecendo aos céus porque continuaria sangrando por mais cinco dias.

Depois daquela noite descuidada, Sophia havia aprendido três coisas:

1. É fácil dormir com desconhecidos quando se está bêbada e se quer vingança.

2. Se tu dormes com alguém, tu vais aprender a localizá-lo na multidão.

3. E ele vai começar a aparecer em todos os lugares que tu estás.

Ela não era de ir a festas. O lapso pós-Fernando, seu ex-namorado, havia sido momentâneo, porém necessário. Então, quando ela começou a vê-lo no campus, fora das festas e da influência alcoólica, as coisas começaram a deixá-la claustrofóbica. Principalmente porque toda vez que o rosto pálido dele entrava em seu campo de visão a única coisa que ela conseguia pensar era "olha o cara com quem tu dormiste e de quem nem lembras o nome!".

Tudo saiu do controle quando a sua adorável melhor amiga (que havia, irresponsavelmente, deixado que ela fosse bêbada para a casa de um desconhecido) havia começado a perceber a situação e, mais que isso, decidiu agir. Levou três tentativas, mas, por fim, Alice conseguiu colocar Sophia e o ser desconhecido na mesma festa.

Três meses depois de eles terem dormido juntos.

Dessa vez, esqueceram de contar para ela que:

1. Bebidas doces descem muito fácil.

2. É mais fácil dormir pela segunda vez com alguém.

3. A segunda vez também era boa.

Quando abriu os olhos, com uma ressaca mais leve que a anterior, ele a observava. Não havia muito espaço em uma cama de solteiro.

- Já é a segunda vez que isso acontece. -ele falou.

É, e isso só havia acontecido pela segunda vez por culpa de certa “amiga”.

- É – foi a resposta eloqüente que ela deu.

Eles ficaram em silêncio por alguns momentos, sem olhar um para o outro. O frio da estação estava começando a alcançar a pele exposta dela de forma desconfortável. Tinha duas opções, afundar-se nas cobertas ou vestir-se e ir embora.

Pontos positivos para a primeira opção:

1. Estava quentinho e confortável sob as cobertas.

2. Ela estava com sono.

3. Não tinha coragem de sair enquanto ele estava acordado.

Pontos positivos para a segunda opção:

1. Ele ainda era um estranho com o qual ela havia dormido.

2. Não era o momento para se apegar a outro cara.

3. Ela precisava encontrar Alice e matá-la.

Sua capacidade de escolha foi descartada quando ele moveu-se, o braço que descansava sobre ela apertando-se enquanto o rapaz acomodava-se para voltar a dormir.

Oh, que se dane.

A terceira vez quase aconteceu algumas vezes. Aparentemente, algo na segunda havia determinado que eles eram, oficialmente... alguma coisa. Alice havia denominado de "um lance", mas Sophia não conseguia usar essa expressão sem começar a rir.

Quando a terceira vez aconteceu, foi por escolha dela. A escolha mais racional que ela havia feito com relação a ele. Era época de provas e Sophia precisava de um aliviador de estresse.

A manhã seguinte foi a mais confortável até então. Sem a ressaca, o dia parecia muito mais agradável. Ela inspirava e expirava o cheiro dele, acomodada entre as cobertas confortavelmente. Sentia-se bem. Percebeu que ele havia acordado quando a mão que firmava as suas costas começou a mover-se em pequenos círculos. Isso era quase carinhoso da parte dele.

Um momento de silêncio fez dentro da sua cabeça e três peças caíram no lugar.

1. Ela não dormia com qualquer cara.

2. Ela não dormia com qualquer cara para aliviar o estresse.

3. Ela não dormia com qualquer cara para aliviar o estresse sem sentir nada por ele.

Droga!

1. Droga de terceira vez!

2. Droga de provas!

3. Droga de cama confortável!

Saber que se está envolvendo emocionalmente com um cara com o qual não deveria se estar envolvendo emocionalmente é uma coisa. Querer se envolver é outra e não deveria estar presente em pessoas que tem um lance. Acomodada confortavelmente, Sophia bolou um plano de três partes que, a essa hora da manhã e depois da atividade física da noite anterior, parecia infalível.

1. Desenroscar-se com um sorriso amarelo.

2. Vestir-se e desaparecer com um sorriso amarelo.

3. Fugir como quem foge da peste com um sorriso amarelo.

O plano havia dado certo até que ela foi para a faculdade no dia seguinte e viu-o do outro lado do restaurante. E na fila de passes. E no ponto de ônibus. E na biblioteca. E na janela de sua sala.

Faculdades são ervilhas!

A quarta vez não chegou a acontecer no lance que eles haviam desenvolvido. Ele não a havia procurado e Sophia ainda acreditava no plano de três partes. O que chegou a acontecer foi uma Alice seriamente decepcionada com a situação e disposta a jogar três argumentos muito plausíveis na cara dela vez ou outra.

1. Se ela queria se fazer de sentida, melhor ter o coração partido primeiro.

2. O cara era gostoso.

3. O que ela ia perder?

O fato de Sophia ter ignorado-a todas as vezes que ela havia tentado persuadi-la havia levado à atual situação. Uma que Sophia havia tratado de evitar por três semanas e na qual havia caído com mais uma das festas mirabolantes da pavão roxo.

O rapaz a tinha entre os seus braços, disposto a iniciar algo que definitivamente terminaria na cama dele quando Sophia decidiu que era hora de um basta.

- Pois é, amigo, não vai rolar desta vez, sinto muito! – tentou sorrir para soar menos grossa, mas acabou com uma careta que tinha mais cara de cólica.

As sobrancelhas dele ergueram-se antes que a resposta viesse.

- Hum. – E ele voltou a apertá-la em seus braços enquanto dedicava-se a beijá-la sob a orelha.

Sem saber como fugir, Sophia começou a listar os motivos pelos quais isso tudo parecia uma idéia muito, muito ruim.

1. Nós não nos conhecemos;

2. Eu acabei de sair de um relacionamento sério;

3. Não sou o tipo de garota que se satisfaz apenas com um relacionamento físico – insistiu, sua pele arrepiando-se e seus joelhos enfraquecendo. Tentou lutar contra a vontade de apoiar-se nele, mas foi inevitável.

- Hum. – E com essa resposta seus beijos tornaram-se mais longos enquanto ele a pressionava contra uma das paredes.

1. Nós começamos do jeito errado;

2. Eu preciso de mais que um lance;

3. Eu nem sei o teu nome!

Ele parou por alguns instantes, antes de afastar-se apenas o necessário para poder olhá-la e respondeu:

-Erick.

Simples assim, os argumentos, de Sophia haviam minguado até eles terminarem pela quarta vez, no quarto dele, desta vez com menos um lance e mais um relacionamento.

Ninguém havia imaginado que seria necessário apenas um namorado com o nome certo para Sophia abandonar essa mania com o número três.

Fim... Pelo menos por enquanto.

Aline Lima J

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Afinal, como é que se diz ‘’eu te amo’’?

.

Os olhares cruzaram-se, e apenas alguns milésimos de segundos e um sorriso agudo foram precisos para que um encanto se formasse. Depois uma conversa, uma troca de informações e mais sorrisos, estava tudo feito. Assim eram os dias, nas mais belas cantorias. Algo proibido, misterioso, inaudível. A garota apaixonou-se, e o garoto sabendo disso gozou de seu mas belo papel. Ficou então combinado, ela sorria, ele balançava a cabeça. Ela falava, ele não a ouvia. Ela o seguia, ele a despistava. Até que a garota, em um estado já deplorável por catar sempre as migalhas, resolveu balançar a cabeça, não escutar e sempre despistar.

Os caminhos separavam-se como era no começo. Nem mesmo horas a fio consertava o encanto. Outros sorrisos vieram, outras conversas, outras cantorias. Mas no fundo, a garota ainda lembra-se dos olhares cruzando-se, e do amanhecer lindo nos sorrisos dele.

Assim o tempo foi passando. E apenas o que os unia era um minúsculo laço fictício que ambos não queriam que terminasse. O garoto, agora apaixonado, tentava repetir as cenas do dia-a-dia, e a garota ainda machucada, achava que ele estava de brincadeira. Mais dias. Com novos sorrisos... E o encanto passou a perder-se com o tempo, misturado a um rancor acometido e de um ódio deplorável.

Será que o encanto perdeu-se?

Será apenas imaginação?

Afinal, como é que se diz ‘’eu te amo’’?

.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sem normas e sem valores

Existe, hoje, uma "onda" que leva as pessoas a viverem sem valores e sem normas. No desejo de cada um ser livre e dono do seu nariz, busca-se uma autonomia que só quer o que é útil, o que é eficiente, o que dá lucro e o que dá prazer imediato. O ter e o prazer são o que contam. E, sem perceber, as pessoas viram uma "coisa". Como as coisas são descartáveis, as pessoas acabam sendo descartáveis. "Gostei, fiquei, descartei". É assim que muitas pessoas vivem. Não percebem, na verdade, que viram objetos e que são usados e abusados. Deixam-se levar facilmente por esta onda que manipula as consciências e escraviza as pessoas. Infelizmente, muita gente ainda não acordou para a realidade. Porém, libertei-me disso a algum tempo, sem antes dizer que também fui escrava desta "onda".

E VOCÊ??

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sensibilidade.

Educar a sensibilidade não é luxo. Perde todo um mundo de experiências e significados quem deixa de educar a própria sensibilidade. Explorar com sutileza a diversidade de sensações permite perceber melhor o mundo em que vivemos. Ouvir com atenção o que nos dizem e buscar o significado profundo das palavras cria relações humanas mais ricas e intensas. Aprender com a arte a descobrir a beleza oculta nos ambientes costumeiros nos faz mais felizes. Nada disso é luxo. Do contrário, como poderia curvar-se diante do Criador quem, ao invés de perceber a vida pulsante, vê apenas recursos naturais? Como poderia compreender a ética, a pessoa que tudo vê apenas a utilidade? Como pode amar quem vê no próximo apenas um não eu? Sensibilidade é inteligência e crescimento humano.

terça-feira, 21 de junho de 2011

IEA, As escadas e o topo do mundo...


Horas. Manhãs. Tardes. Dias. Semanas. Meses. Anos!

No início de qualquer atividade que você empreende em sua vida, sempre o período de tempo em que ela dura parece grande demais, sufocante demais. Mas quando esta vai chegando ao fim... Ah! É como se o relógio agitasse seus ponteiros ferozmente, ridiculamente, provocadamente mais veloz. Sua principal ocupação é fechar os olhos e voltar a tempos, que você não sabia, mas eram bons.

E Eu aqui em minha nostalgia particular, vendo os anos, por acaso, os melhores de minha vida, trazendo a tona um risonho molde em minha boca.

Recordo-me das canções de violão e das coreografias erroneamente fabricadas para o momento. Dos jogos, em que várias vezes foram precisos caminhadas imensas embaixo do sol escaldante atrás de camisas padronizadas. Dos grandes –óh saborosos- lanches depois da aula, nas barraquinhas do centro. Das pessoas que conheci nos vários ônibus que peguei durante essa caminhada. Das greves. Dos almoços, e das grandes filas para este. Dos banhos ao som de uma música qualquer. Das conversas na grandes janelas. Do cantinho do “alvorada” perto da escada. Dos furtos de doces na cantina. Dos vídeos que se perderam com o tempo. Das reuniões em que haviam batizados. Da eleição para o grêmio, e os projetos de um futuro melhor deste (já realizado). Das festas, em particular a junina. Das grandes risadas. Das aulas, até das aulas. Dos choros. Dos beijos, carinhos, amassos, encontros e desencontros.

Mas o que mais sinto falta, são das conversas embaixo do cerúleo azul, clamando pela vinda do crepúsculo para expulsar aqueles pensadores das grandes escadas que parecia ser o topo do mundo.


Instituto de Educação do Amazonas, como sinto sua falta.



segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mundo... Chegamos!


Oi mundo. E dane-se mundo.

A vida é curta não é? Pois bem.

Algumas pessoas vão e vem, alguns fatos decorrem, sentimentos efêmeros e uma longínqua saudade de coisas que não podemos mais viver. Porém, eu sinto saudades do que eu ainda não vivi. E sinto que não seria a mesma coisa se não estivesse com essas pessoas. E o começo do texto? Eu encaixo aqui: “oi mundo. Dane-se mundo”, apenas pra avisar que voltamos e que estamos mais fortes, mais crescidas e mais bonitas. Voltamos para avisar que o mundo não tem influencia conosco, e sim, nós temos influencia com
o mundo. Juntas, somos capazes de cometer as maiores loucuras... Ou não fazer nada durante horas, e mesmo assim se divertir muito!
Deixo o meu tributo a algumas pessoas, que bem, não eram o que eu esperava. E para tantas outras que mesmo morrendo de curiosidade calaram-se para não crer no real. Deixo também, aviso a outras tantas pessoas que estão por vir: nossa vida, -a de nós três- é conjunta, e que problemas hão de existir, mas superaremos a cada problema juntas. E nada, e nem ninguém é capaz de apagar o que sentimos; pois eu digo, é eterno!
Tenho orgulho de dizer que as amo, e que sim, verdadeiras amizades são dificílimas de encontrar, mas eu? Háhá, eu sou muito sortuda!

Olá mundo! Você não sabe o que lhe aguarda!



Jhenny♥Fraan o/

Felicidade...




Felicidade. Algo que se multiplica quando é dividida!
Felicidade. Ela existe? Para mim sim. Mas é como diz uma música do Fresno: “É impossível viver só sorrindo...”
Mas para mim, a felicidade não está só nos momentos alegres. Ela também está presente nos momentos em que parece que você está no fundo do poço e sua vida está acabada. Como? Simples. Sabe aquela pessoa, que quando você está chorando vem te abraçar? Pois é, podemos dizer que em um momento tão triste, nós sentimos felicidade.
Bem melhor do que a felicidade na tristeza, é ela na alegria. Sim, naqueles momentos em que você queria que não acabasse, e que tudo que aconteceu ficará para sempre gravado em seus corações e pensamentos. Pena que esses momentos são bastante efêmeros... Mas o que fazer para torná-los contínuos? Não existe uma receita exata, mas eu sempre uso essa aqui. E eu faço questão de passar:

1- Ame a vida, pois só o fato de você acordar vivo todo dia já é uma felicidade.
2- Valorize seus amigos, eles sempre estarão lá pro que der e vier.
3- Não cometa erros, e se cometê-los, não os repita de novo!
4- Pare de se preocupar com sua aparência, e valorize o que você tem de bonito.
5- Ame, odeie... Mas não se esqueça: Meça suas palavras quando falar com alguém.
6- Não espere alguém trazer a felicidade. Faça a sua.
7- Não se preocupe com o que os outros pensam de você.
8- Corra atrás de seus sonhos e nunca desista!
9- Seja você mesmo.
10- Lembre-se: Só as pessoas de valor lutam contra os obstáculos em busca da felicidade.

IEA 2007, Como tudo começou...



Tudo começou com uma ligação...A diretora da minha escola da 8ª série me ligou, informando que eu tinha sido selecionada para as escolas pilotos do centro.Eu? Maior surpresa. Pois além de ter sido um diabinho na escola anterior, eu iria ser transferida para outra escola, digamos 'normal'.Recordo-me bem de chegar àquela escola e encontrar uma imensidão de pessoas estranhas. Encaminhei-me para o 'salão nobre' -muito bonito por sinal-, sentei-me em uma das cadeiras, e percebi que aquela escola não seria apenas uma escola...Ao chegar à sala de aula, mas pessoas estranhas. Menos uma: uma garota que morava na minha rua, que brincávamos juntas quando pequenas e que havíamos perdido o contato. Incrível não?Pois bem...Os meses foram passando e passando...E os laços entre pessoas foram chegando, assim como também os problemas...E os meus amigos do antigo colégio, ficaram em salas separadas. Mas jamais perdemos o contato. Pelo ao contrário, o fortalecemos ainda mais e o aprofundamos.Conheci pessoas novas!Naquela escola você pára de ser uma pessoa comum, e passa a se comportar como você mesmo.Eu ri, chorei, brinquei, briguei... As várias sensações jamais sentidas, e que hoje me mostram quem eu sou de verdade: uma garota chamada Aline e que tem muita história a contar!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dia do livro infantil



















Estimule a criança a ler livros e contar histórias para os amigos. Quando uma criança lê para outras, ambas saem ganhando em habilidade de leitura. Converse sobre a leitura. Esse hábito ajuda a desenvolver a linguagem e a compreender melhor o que foi lido. Incentive e oriente a criança a frequentar bibliotecas , livrarias e feiras de livros. Valorize o livro, dê livros de presente, para seus filhos, seu amigos e amigos de seus filhos.

18 de abril, dia nacional do livro infantil.